Os cruz-maltinos foram superiores no primeiro tempo, apresentaram momentos de solidez defensiva e deram pinta de que encerrariam o mau momento, antecedido por duas derrotas. Mas o Fluminense corrigiu a limitação dos três volantes iniciais no segundo tempo. Na reestreia de Felipe, conseguiu uma pressão no final, o suficiente para buscar a igualdade.
O JOGO
Abel Braga podia escolher: ou colocava Felipe ao lado de Wagner e ia a campo com um meio-campo mais aberto, ou escalava Edinho e deixava o setor mais resguardado. Preferiu a segunda opção. E acabou tirando criatividade do time. Houve momentos em que o próprio Edinho, um volante tipicamente caçador, apareceu como articulador. Por outro lado, mesmo com tantos defensores tricolores, o Vasco encontrou espaços. Teve superioridade em boa parte do primeiro tempo e mereceu sair na frente.
O Fluminense, é bem verdade, teve duas chances claras. Ambas com Fred, ambas desperdiçadas. Na primeira, Alessandro fez defesa espantosa, em tiro à queima-roupa do goleador; na segunda, o camisa 9 acertou o travessão. Mas o Vasco foi mais sólido. Começou e terminou melhor. Ameaçou com Eder Luis duas vezes, teve gol de Tenório bem anulado (tocou com a mão na bola), apoiou bem com Nei na direita e viu Carlos Alberto bastante livre no meio. O gol saiu quase no final do período, aos 42 minutos, em um misto de sorte cruz-maltina e azar tricolor. Após cobrança de escanteio, Tenório desviou de cabeça, e Jean mandou contra.
A atuação apagada do primeiro tempo convenceu Abel Braga a mexer no time. Ele tirou Edinho e colocou Marcos Júnior. O efeito, porém, não foi o esperado. O Vasco seguiu estável em campo, sem brechas para que os tricolores fizessem pressão. Resultado: com 25 minutos, o treinador finalmente colocou Felipe, novamente sacando um volante, Valencia. O meia, ex-Vasco, foi vaiado pelos torcedores cruz-maltinos a cada toque na bola, mas recebeu apoio dos tricolores.
Duas cobranças de falta, uma de Carlos Alberto e outra de Nei, assustaram o Fluminense. A reação tricolor demorou a acontecer. Bem postado, o time cruz-maltino conseguiu administrar o jogo quase até o final. A proximidade do fim, porém, intensificou a presença do Flu no ataque. Marcos Júnior perdeu gol dentro da área. E voltou a desperdiçar depois. Toque de letra dele, quase dentro do gol, fez Alessandro agir de novo. A defesa com a ponta dos dedos pareceu um aviso de que o Vasco venceria a partida. Mas não foi. Nei foi desarmado por Carlinhos, que logo acionou Fred. Depois de perder dois gols, ele não jogou fora mais uma chance. A conclusão foi precisa. E desenhou o empate no sábado de carnaval.
Fonte:NETVASCO
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